quinta-feira, 7 de março de 2013



Teimoso macaco, tenta em risco ser um pouco esquizofrenético, tudo o que sabe não sabe nada, não não sabe onde é lugar pra piada, macacos são assim mesmo, vão entretendo as pessoas, imitando da forma mais original e primitiva possível, desde a origem dos princípios da espécie.

Estou de volta, meus pés estão mais frios. O violão é pouco ou quase nada mais meu amigo. Se é que já foi. Tenho tanto pra não dizer. Tão pouco pra fazer, quando se trata de sinceridade.
.recomecei meus caminhos.
os de dentro estão gastíssimos
os de fora estão apenas começando.

terça-feira, 5 de março de 2013

evisceração matinal de velhos problemas irresolvidos tão pouco bem comidos que mais parecem animais sedentos por provar que a vida não é só aquilo de reproduzir-se e não é tão frágil quanto uma lâmpada sendo trocada por uma manada que finge não saber que o pior controle de qualidade que o mundo já viu são palavras que podem ser trocadas em qualquer ordem pois não mudam sentimentos.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

como não me despedir diariamente das pessoas que eu julgo gostar, se de pouco em pouco nem eu mais consigo me reconhecer, e nem o espelho continua a me imitar quando acendo outro cigarro. Sim, eu sei que já é o bastante, mas é um sinal de que preciso de fogo, tanto quanto um primitivo, mas como se fosse um fogo em formato de tetas industriais de nicotina em minha boca, uma atrás da outra, sem dono, só tetas, que eu apago de pressão baixa e saudades saciadas de um mundo em que tudo era mais fácil e tinha uma palavra mamata.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013



Eu caminhei por tantos dias, sempre pensando na estrada que chegaria
( não eu nunca imaginei que haveria tanta luz,
e que dela eu me esquivaria)
Você me avisou que os degraus eram demais
eu te avisei que meus pés só sabiam o que eu não sei
( não eu nem não vou negar novamente )
acreditei demais, crucifiquei de menos
meu crédito na praça é
meu crédito com deus
meu deus se esquiva e me acorda
ele não é mais o mesmo





sexta-feira, 18 de janeiro de 2013


Modernidade póstuma, que vai escorrendo por sons  mais graves, crânios e carne exposta em bandas  motivadas por agressividade e sentimentos repugnantes. Essa conversa de não existir mais verdade, metafísica, nem pessoas respeitosas. Um punhado de riscos negros sobrepostos na ordem da liberdade levada as últimas consequências, pelos quais nem vale a pena lutar. Bando de filhadaputa desgraçado, como posso com tanta palavra que não corresponde a bosta nenhuma? Você não deve construir nada, mas sim correr de forma a perturbar alguém.



Corpos estraçalhados pela manhã cedo, a cena escurecida mesmo que de janela aberta com chuva. O respiro da madeira é mais contundente e rígido que o pulmão furado de flechadas industriais. Caminhar os dedos pelos olhos dos corpos, ser tocado pela mentira da visão. Eu sonhei com uma criança molestada tarde passada. Logo em seguida, a psicotécnica de auto escola me escolheu pra cristo e me pregou de alertas emocionais, eu não deveria isso, pois sou aquele que é omisso. Ou foi antes?  Teve também a energização picareta quando eu era criança. Entulhando o menino de minhocas nojentíssimas. Só que ninguém pôde me livrar de mim, nem mesmo o índio, muito menos o índio da garrafa. Risada forçada do fundo do chão.